quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"Faça um desejo"


Lá estava eu. Assim como todo término de ano, lá estava eu sentada no sofá pensando em como o tempo se passou tão rápido, e esperando ansiosamente uma poderosa taça de champagne. Toda vez que me dou conta que mais um ano se passou e você continua em meu pensamento, fico assustada. Faltam poucos minutos para a queima de fogos, a abertura da champagne, os abraços coletivos, as duvidosas simpatias em que todo ser humano pelo menos uma vez na vida já acreditou.  Falta pouco tempo para eu perceber que mais um ano começa, e eu não tive oportunidade de te dizer o que sempre venho ensaiando antes de dormir. E então, os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente. Desperto em meio ao seu estrondoso barulho e suas cores reluzentes que pelo menos por um momento me fazem sorrir com a idéia de que mais 365 dias de roteiro incerto acabaram de começar. Faço brindes, abraço entes queridos, e como uvas.  Mas sabe o que me vêm à cabeça? O fato de que eu gostaria de te ligar despretensiosamente nos primeiros minutos de um novo ano apenas pra dizer que te amo.  Te dizer que queria te abraçar agora, e independente de qualquer coisa só de estar ao seu lado tudo já seria maravilhoso.  Porque talvez você não saiba, mas apesar das circunstâncias, é sobre você que eu penso quando eles dizem: “Faça um desejo”. 

Pauta para a 47ª edição conto/história do Bloínquês

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

New year's day



Não sei o que me deu hoje.  Só sei que todas aquelas fotos, lembranças e bilhetes me deixaram meio tonta e confusa. Dei-me conta da quantidade de mudanças que ocorreram na minha vida, e conseqüentemente na vida de muitas outras pessoas. Amizades antigas que permanecem apenas no passado, amizades que se perderam em meio à rotina e as atribulações da vida, antigas paixões que insistem em serem relembradas e antigos amores que se esvaíram com o passar dos anos.  Só tenho uma coisa a dizer: Sinto saudade. Sinto saudade de todos aqueles detalhes insignificantes e momentos irrelevantes que no final percebemos serem as nossas melhores memórias. Prefiro descartar as más lembranças, e aquelas pessoas que um dia me magoaram e machucaram muitas vezes também me fizeram feliz, nem que seja por um mísero minuto. E são desses minutos que eu sinto saudade. E sempre sentirei, afinal sou humana. Sou tão humana, que assim como todos os outros só consigo me dar conta de o quanto eu era feliz (e não sabia!) depois de muito tempo. Por isso, agradeço à todos meus amigos e até mesmo inimigos pelas memórias e momentos. Graças à vocês pude sorrir, chorar e evoluir.