sábado, 6 de outubro de 2012

Re-start


Olá! Faz algum tempinho desde que me ausentei desse espaço maravilhoso, o qual me permite fazer a coisa que mais amo: escrever. Pois então, aqui estou eu de volta! Passei muito tempo sem escrever, então estou cheia de coisas para dizer, então tentarei resumir: o tempo agora grita algo para mim, uma ordem, e esta envolve o recomeço. Recomeçar. Palavra fácil, ação difícil. Por onde começo? Talvez seja uma boa ideia começar me livrando de tudo que me incomoda e que de alguma forma me impede de ser 100% eu mesma. 
Pois é, percebi que perdi um pouco da minha personalidade pelo caminho. Ao longo dos anos venho aprendendo muita coisa, e acho que isso me fez perceber que talvez não tenha aprendido o mais importante: saber exatamente quem eu sou. Sei que nesse ponto do texto parece algo clichê, aquele momento o qual aparenta o quanto ainda estaria presa nos ideais psicológicos da adolescência e como num filme tudo se resolveria magicamente no final - com a ajuda de outros personagens como: amigos, vingança contra quem te prejudicava, e a aparição de um cara maravilhoso pra fechar com chave de ouro. Acontece que a vida real NÃO é assim: se tiver muita sorte você terá ao menos a coragem de descobrir quem é, ao invés de deixar isso para lá, empurrar com a barriga e seguir sua vida (sentindo o peso de não se conhecer).
E é nesse momento que me encontro agora. Tentando mudar parâmetros na minha vida, jogar fora o que não serve mais e só acumula poeira (objetos e sim, pessoas também - metaforicamente, é óbvio). Empacotar e enviar pra Plutão o que restou dos meus falsos ideais de como minha vida iria ser aos 18 anos, e tentar substituí-los por novos, menos complicados. Não sei como tudo vai ser daqui pra frente, e acho que esse é um ponto relevante na vida de alguém: a incerteza é um causador de medo, mas também um encorajador estimulante para arriscar-se. 
Se existe algo que minha mãe me ensinou por toda infância foi: "Babi, dentro da sua cabeça e da de cada ser humano tem uma massinha cinzenta... Cada um usa a sua, não precisa usar a de ninguém, nem deixar que ninguém use a sua." Pois aqui estou eu: vou começar a usar essencialmente a minha massa cinzenta, e não a das pessoas que tentam colocar minhocas na minha cabeça - a mídia, os fofoqueiros de plantão, as invejosas, os sem personalidade, os de mente fechada. 
Difícil desafio, já que a sociedade tentar ao máximo evitar que as pessoas pensem por si próprias. "Quanto mais gente bitolada melhor!" Mas nunca gostei de ser igual a ninguém, sempre admirei a exceção, o especial, a minoria, o diferencial. Todos que já contribuíram para o verdadeiro sentido de se vir a esse planeta - transformá-lo em um lugar melhor, nem que seja minimamente - não faziam parte da maioria, desviaram-se do caminho ditado por todos e encontraram estradas bem mais interessantes. 
Por isso faço um convite a você que acompanhou minhas palavras até esse momento: Modifique-se. Mude de alguma forma. "Ações pequenas podem resultar em grandes consequências", já dizia a teoria do caos. Resumindo: vamos tentar ser nós mesmos, de verdade. Não sei se assim se encontra a verdadeira felicidade, mas é preciso tentar. Enxergue os problemas ao seu redor como elementos motivadores para a  modificação... E se por acaso no início parecer meio impossível, saiba é normal. Ainda estou nessa fase da dificuldade, mas ela acompanha qualquer mudança. 
Dizem que no final a visão vale à pena: a visão da satisfação, de engradecimento pessoal e espiritual perante uma mudança de vida. Como só tenho a perder lembranças e velhos hábitos ruins, vou me arriscar. Quero me livrar deles de qualquer maneira... sendo ela de uma forma reciclável. Reciclar, porque apagar é impossível. Ah, e se um dia conseguir ter essa maravilhosa "visão", conto-lhes essa experiência. 

-B.

sábado, 17 de março de 2012

Pena que não durou? Que bom que aconteceu!


Estava assistindo o filme “500 dias com ela” ontem e uma frase que me chamou atenção: "A maioria dos dias do ano é comum. Eles começam e terminam, sem nenhuma memória durável nesse tempo. A maioria dos dias não tem impacto no decorrer da vida." E é verdade. Os dias inesquecíveis que quase sempre vem à nossa mente sempre foram passados com alguém especial e foram pouquíssimos se comparados com a imensidão dos outros dias. Conheci muitas pessoas legais e me diverti bastante com elas. Porém melhor do que conhecer pessoas legais é quando essas mesmas pessoas permanecem em sua vida e continuam a te alegrar no dia a dia. Mas é uma pena saber que a maioria delas apenas vai embora. Aconteceu isso comigo. Conheci alguém legal, que tinha muito em comum comigo e que me proporcionou momentos bons. Mas foi embora literalmente e não olhou pra trás. Engraçado que quando nos despedimos quem não olhou pra trás fui eu. Talvez porque já soubesse que não deveria. Mas no fundo do meu coração existe uma menina romântica que ainda gosta de assistir filmes de amor com final feliz, e essa menina tinha uma pontinha de esperança que não iria ser do jeito que é com todo mundo: dessa vez seria uma exceção, faria a diferença. Enganei-me. A menina boba e iludida caiu de cara no chão, esfregou as mágoas recentes e ainda tenta limpar o último estrago que deixou. Tudo culpa dessa menina que fica alimentando a esperança, acreditando em coisas praticamente impossíveis de acontecer e achando que ainda vai ser muito feliz com alguém que a mereça. Eu só não expulso essa menina de dentro do meu coração porque acho seus sonhos bonitos. No fundo eu queria que o mundo fosse assim. Que os garotos sentissem o mesmo eu sentimos quando eles adivinham o que vamos falar ou falam coisas que ninguém ao nosso redor nunca nos falou. Que eles imaginassem que talvez aquela garota com quem ele passou a noite passada possa ser a mulher da vida dele. Que nada é desperdício, que a história de cada um é original e nada acontece por acaso. Mas quando você acredita em destino você sonha muito. Você cria miragens, poemas e suposições que vão preenchendo vazios, mas depois quando retirados de lá – a força – deixam um buraco ainda maior. Confesso-lhe infelizmente que a menina ainda tem esperança. Restou-lhe apenas um pingo. Mas ela ainda espera que ele mande uma mensagem para ela, que puxe papo, crie vínculos, se conheçam melhor... Ela ainda sonha que quando voltar à cidade dele ele a convide pra sair e que eles tenham uma noite maravilhosa. Ela espera alguma coisa dele. Ela gostaria de esperar indefinitivamente. Ela realmente gostaria de ter acertado dessa vez, pois já está tão cansada de errar. Parece que os erros apenas começaram. Mas dessa vez pelo menos foi diferente: O momento valeu à pena. Pelo menos durante o tempo que passaram juntos houve sinceridade e cumplicidade. Eles se confundiam com a brisa do mar e a luz das estrelas. O cenário perfeito. Pena que não durou. Que bom que aconteceu.  E a noite quando os monstrinhos da mente tentam deixa-la louca ela salva-se respondendo: “Vamos olhar a vida positivamente. Nada acontece por acaso. Espero que ocorram ainda muitos outros encontros casuais. Que a gente se encontre pelo mundo se assim tiver que ser. Porque desencontros são tão sem graça... Mas tudo vale à pena principalmente se a alma não é pequena”.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A sós ou acompanhados, mas cheios de amor para dar



E então mais um ano está se passando. Mais uma vez esperamos mil acontecimentos, prometemos um milhão de coisas e estamos fazendo, como sempre, o que está ao nosso alcance. Estamos em junho, mês dos namorados, e por mais que estejamos bem a sós, a verdade é que todo mundo sempre gosta de estar acompanhado.  Flores, caixas de chocolate, ligações, cartas e ursinhos de pelúcia... Nada disso faz sentido se não estivermos com alguém que valha a pena. Não faço questão de receber qualquer um desses presentes – até porque já recebi e olha pra mim, totalmente sozinha nesse exato momento. O melhor presente que gostaria de receber seria curtir um momento memorável juntamente com alguém que meu coração anseia. Romantismo é algo raro no século XXI, e temos que tentar resgatá-lo de vez em quando em nosso dia-a-dia. Mas acredito que o maior romantismo que existe é um afeto sincero e discreto, que se manifesta sem esperar nada em troca, em meio a olhares profundos e sorrisos esplendorosos. O romantismo não exige um bom histórico amoroso, apenas a crença no amor verdadeiro. Desejo então que nesse dia 12 de junho, mesmo estando sozinhos ou acompanhados, felizes ou tristes, espalhemos o nosso amor pelo mundo e acreditemos sempre e mais uma vez que a qualquer momento ele poderá nos encher com sua graça.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Você, sempre você


Você me deu a chance de te esquecer, e é por isso que eu me lembro de ti cada vez mais. Você me deu a chance de perceber que você seguiu seu caminho, mas não me deu a chance de dizer por que é tão difícil que eu siga o meu sem a sua presença. Você me deu a chance de sumir de vez da sua vida, porém por mais que eu tente algo ainda me prende à sua existência. Você me deu motivos pra sorrir, alguns motivos pra chorar, e foi embora sem dizer adeus e não me deu a chance de despedir-me. Você dilacerou meus sentimentos, sufocou minhas palavras, jurou uma eternidade de sonhos - que hoje são só mentiras, percebo. Você me deu a chance de te amar, mas nunca sequer me deu a chance de te fazer se apaixonar por mim. Você me fez criar esperanças, quando na verdade você não me deu a chance de enxergar a realidade. Você me fez me envolver demais até um ponto em que eu me afoguei em tuas promessas e você continuou nadando por aí. Você que me fez acreditar na melodia em busca de alguma resposta. Você que me dizia coisas tão irrelevantes, mas que para mim são guardadas com zelo e paciência em minhas memórias. Você que me fazia sorrir sem um motivo aparente, e mesmo assim eu sorria com a alma – ah Deus, como me faz falta aquele seu sorriso bobo. Você que deitava no meu colo em busca de abrigo, quando na verdade meu abrigo era você. Você que me contava suas histórias sem graça, mas que para mim eram fantásticas... Você que me fez odiar sua namorada me contando coisas sem nexo, e a fazia me odiar também... Você que me prometeu o carro dos meus sonhos... Você que deixou para sempre o cheiro do seu perfume no ar, e cada vez que o sinto, é inevitável, lembro de você. Você, você, sempre você. Mas então me pergunto: porque justamente você?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Não me deixe cair


Talvez algumas pessoas apenas fiquem perdidas. Perdidas em meio a tantos sonhos que foram construídos sem nenhuma garantia de realização. O que mais dói é insistir em algo que nunca deu certo pra você, tentar mais uma vez, e de repente você percebe que aos poucos, tudo parece muito mais difícil. Eu costumava pensar: “Entre tantos outros, entre tantas outras, que sorte a nossa, hein?”, mas acho que estava enganada. Que azar o nosso, hein? Que azar de nos encontramos na hora errada, no lugar errado, na circunstância errada. Não dá pra apressar o tempo, não podemos mudar certas coisas na vida. Podemos nos perder em nossas promessas, nos iludir com nossos sonhos ou recitar nossas declarações... Mas no momento estou muito focada na realidade. Você diz que tudo vai ficar bem entre a gente, será? E se o que deveria ser “a gente” nunca mais existir? Será trapaça do destino ter feito nossas vidas tropeçarem? Em meio a tantos tropeços que já levei com outros “alguéns”, espero que dessa vez ao invés de que eu caia e me machuque, você me segure.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Insegura segurança

Quando te disse "oi"
Você parecia não me responder
Mas seus olhos te entregaram
Você queria me ter pra você

Sua história é longa
Seus problemas são diversos
Sua angústia cresce para sempre
Sua fé parece se extinguir

Sempre que puder estarei com você
Mesmo quando não me quiser por perto
Sempre que pensar em mim estarei junto a ti 
E mesmo que tudo passe em sua memória permanecerei.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Noites de um verão qualquer



      

Era uma noite de sábado qualquer. Tudo parecia normal para ela. Na beira-mar, percebia-se o céu coberto de estrelas que pareciam contar uma história, que estava prestes a acontecer. Tudo estava indo bem, mas era uma noite com cara de verão, misteriosa. Acenderam uma fogueira. Faltou o violão. Mas de alguma forma as ondas do mar tocavam a música mais bela, um som único que faz bem até a quem não está bem. O mar tocava uma música que de alguma forma a fazia vasculhar o passado em vulneráveis lembranças, que aos poucos se distinguiam com as gargalhadas que os outros davam em torno da fogueira. De repente, pessoas desconhecidas se aproximaram. Mas no fundo ela sabia que pessoas desconhecidas são desconhecidas até o momento em que dirigimos uma palavra a elas. E isso era só uma questão de tempo. Depois de todos se acomodarem, alguns mal-entendidos acontecerem, tudo ficou calmo. Ela continuou com olhar fixo nas estrelas, pensando em mil coisas que só fazem sentido para ela. Só que depois de algum tempo, engatou uma longa conversa com um dos desconhecidos. E de alguma forma, parecia que com o desconhecido ela conseguia se sentir mais à vontade do que com muitos outros conhecidos.  Coisas em comum, assuntos vão e vem, coincidências sempre ocorrem e parecem brilhantes e intrigantes. Ela sabia que tudo parecia bom demais e poderia dar certo, e enquanto conversava com ele, ela sentiu uma enorme vontade de fugir. Fugir de toda aquela segurança, daquela chance de ser feliz. Será que é difícil aceitar que talvez você tenha medo de ser feliz pra sempre? Sim, isso a assustou. Ela, lutando contra seus instintos, permaneceu ali cheia de pensamentos intrigantes e decisões que apelavam para sua razão. Será que ela tinha medo de que mais uma vez a razão atrapalhasse sua emoção? Sim, ela tinha. Eles foram forçados a terminar a conversa, mas ela estava com uma estranha sensação: sua razão a mandava ir para casa, dormir e não esperar nenhuma das promessas que ele a havia feito, e já sua emoção não queria que ele fosse embora, nem que aquela noite acabasse. Só que ele se foi, e ela sem saber o que fazer apelou para o mais fácil: foi mais razão que emoção. Assim que ele se foi ela teve aquela sensação de querer sumir do mundo, ir para bem longe, gritar bem alto, voltar no tempo e tentar reverter à situação. Mas será que ela ainda não aprendeu que o tempo passa e as oportunidades também?  Parece que não o suficiente. E então a partir daquela noite ela percebeu que tinha que mudar. Ela deitou em sua cama, se agarrou ao travesseiro, e percebeu que de alguma forma ela tem que aprender a conviver com a ideia de que se é possível ser feliz, que as coisas podem ser verdadeiras, que a emoção clama incessantemente pela morte de toda aquela frieza da razão. Ela tem que ser forte, lutar para que a razão seja utilizada apenas quando necessária, e não sufocando toda e qualquer emoção. E a partir daí, ela poderá dar longos passos em busca da felicidade.