sábado, 17 de março de 2012

Pena que não durou? Que bom que aconteceu!


Estava assistindo o filme “500 dias com ela” ontem e uma frase que me chamou atenção: "A maioria dos dias do ano é comum. Eles começam e terminam, sem nenhuma memória durável nesse tempo. A maioria dos dias não tem impacto no decorrer da vida." E é verdade. Os dias inesquecíveis que quase sempre vem à nossa mente sempre foram passados com alguém especial e foram pouquíssimos se comparados com a imensidão dos outros dias. Conheci muitas pessoas legais e me diverti bastante com elas. Porém melhor do que conhecer pessoas legais é quando essas mesmas pessoas permanecem em sua vida e continuam a te alegrar no dia a dia. Mas é uma pena saber que a maioria delas apenas vai embora. Aconteceu isso comigo. Conheci alguém legal, que tinha muito em comum comigo e que me proporcionou momentos bons. Mas foi embora literalmente e não olhou pra trás. Engraçado que quando nos despedimos quem não olhou pra trás fui eu. Talvez porque já soubesse que não deveria. Mas no fundo do meu coração existe uma menina romântica que ainda gosta de assistir filmes de amor com final feliz, e essa menina tinha uma pontinha de esperança que não iria ser do jeito que é com todo mundo: dessa vez seria uma exceção, faria a diferença. Enganei-me. A menina boba e iludida caiu de cara no chão, esfregou as mágoas recentes e ainda tenta limpar o último estrago que deixou. Tudo culpa dessa menina que fica alimentando a esperança, acreditando em coisas praticamente impossíveis de acontecer e achando que ainda vai ser muito feliz com alguém que a mereça. Eu só não expulso essa menina de dentro do meu coração porque acho seus sonhos bonitos. No fundo eu queria que o mundo fosse assim. Que os garotos sentissem o mesmo eu sentimos quando eles adivinham o que vamos falar ou falam coisas que ninguém ao nosso redor nunca nos falou. Que eles imaginassem que talvez aquela garota com quem ele passou a noite passada possa ser a mulher da vida dele. Que nada é desperdício, que a história de cada um é original e nada acontece por acaso. Mas quando você acredita em destino você sonha muito. Você cria miragens, poemas e suposições que vão preenchendo vazios, mas depois quando retirados de lá – a força – deixam um buraco ainda maior. Confesso-lhe infelizmente que a menina ainda tem esperança. Restou-lhe apenas um pingo. Mas ela ainda espera que ele mande uma mensagem para ela, que puxe papo, crie vínculos, se conheçam melhor... Ela ainda sonha que quando voltar à cidade dele ele a convide pra sair e que eles tenham uma noite maravilhosa. Ela espera alguma coisa dele. Ela gostaria de esperar indefinitivamente. Ela realmente gostaria de ter acertado dessa vez, pois já está tão cansada de errar. Parece que os erros apenas começaram. Mas dessa vez pelo menos foi diferente: O momento valeu à pena. Pelo menos durante o tempo que passaram juntos houve sinceridade e cumplicidade. Eles se confundiam com a brisa do mar e a luz das estrelas. O cenário perfeito. Pena que não durou. Que bom que aconteceu.  E a noite quando os monstrinhos da mente tentam deixa-la louca ela salva-se respondendo: “Vamos olhar a vida positivamente. Nada acontece por acaso. Espero que ocorram ainda muitos outros encontros casuais. Que a gente se encontre pelo mundo se assim tiver que ser. Porque desencontros são tão sem graça... Mas tudo vale à pena principalmente se a alma não é pequena”.